quinta-feira, 23 de setembro de 2010

reconhecendo moradas

então ele se fez bonito, pra mim.
e um pouco maior...
ou eu me fiz um pouco maior
ou me reconheci um pouco mais. um pouco maior; quando o vi (só de sentí-lo, identificá-lo, identificar-me (ou me perder) nos espaços escondidos entre o que se diz e o ficou por dizer em cada uma das notas da melodia)
eu,
me compondo harmonia
me sentindo sinfonia
me desmedindo em..................
em ías
em ais

ouvindo ele dizer de moradas
ele dizendo simples e eu entendendo grande
entendendo, em cada dito, o silêncio que o corresponde e o explica; o torna mais lindo e menos impossível
ele,
dizendo de casa
[da casa de dentro]
que de tão de dentro, vai virando de fora num movimento duplo e bailado
bailado de cheiro bom de se sentir

"a nossa casa não é sua nem minha
não tem campanhia para nos visitar
a nossa casa tem varando dentro
tem um pé de vento para respirar.
a nossa casa é onde a gente está
a nossa casa é em todo lugar"



respiremos*
bailemos, meu bem*