segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Subitamentos

Constatações acerca de meus "agoramentos":

1- o meu poblema não é me relacionar com as coisas que morrem, que se vão; mas com as coisas que agonizam. Seja a barata que me entra voando pela vida e que me pede coragem a todo tempo. E eu lhe dou, e me dou. Seja com sentimentos, de qualquer espécie, que nos fazem estar um pouco mais neles, num arrastar-se eterno, mútuo, silencioso, dolorido. Eles também nos querem corajosos. Guimarazeando (coisa de alindar (meu) mundo): O que a vida quer da gente é isso, mesmo: estímulo pra ir, pra deixar ela ir, pra se deixar ir com ela. Bravamente. Desbravadoramente. Corajosamente. Estreiando aqui e ali.

2- Os inícios são sempre, sempre, renovadores. Mesmo que se não admita. A gente é, inconsequentemente, tocada pelas coisas nascendo subita e infindavelmente. Enovidações.

3- Obviedades: só estamos acompanhados quando npermitimos nosso ser dividido. Senão, não há multidões que nos tirem de nós. Coisas de não se fazer. Se dividir é bom, necessário e justo consigo mesmo. A gente é muito grande e pesado pra se levar sozinho.

4- E, por fim, enfim, 24 anos nem é tão longe quanto eu pensava!
Socorro!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

seres

não sei mais o que me sou
o que me soa
o que me sua
o que me salta
o que me some
o que me consome
quem me contem.
Nem o que me controla
ou o que me convém.
Não sei se é de nascido
que se continua...
que se perpetua...
Não sei nem se não saber ainda me é concedido,
assim do que fui concebido.
E em matéria de desapatecido
sou o que corre na frente e brada aos 4 ventos
que vento é gente de sorte:
pois de tanto não sabe que se morre, se vive tão bem!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

"vá pra perto do mar, leve mimos p sereia"

Gosto mesmo é de me conhecer vivendo com as coisas novas.
ou "enovidadas".
Gosto do gosto de mudar minha vista... de ver com outros olhos.
aceito. acho até bonito.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

alguns-algumas........ algos

É coisa de se ficar mastigando suavemente antes do último suspiro consciente. Antes de fechar os olhos
De se ficar vivendo dela durante alguns dias.
De se ficar lembrando e sorrindo nas horas mais impróprias e inapropriadas.
Apropria-se da gente e do nosso improvável.
Prova que o gosto bom pode ser de bom tom novamente.
Diz uma canção boa, leve, incerta.
Não é cíclico, é parabólico.
É “pernambucolismo”,
É “magamalabarismo”
Abismado.
É sutil,
Obstinado e
Quente.
É oi...
É ai...
É e não é
É não e sim
É
Não é
É "quem sabe?"
Não é e esta
Estou
Estamos

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

passados

É que hoje senti q o vento tava a fim de sair pra dançar.
E, “por não saber que era impossível, foi lá e fez”
Sim, ele dançou...
Dançou em mim, em vc, em nós...
Eu retribui sua dança, dançando-lhe com os olhos, com as mãos, com os cabelos, com a cabeça (mais confusa que os cabelos, em dia de.)
Dançou minhas músicas tão internas e também as do aparelho que me leva, e me eleva, a elas
Dançou e foi tirando a tudo e a todos pra dançar: mangueiras, barcos no mar, loureiros, abacateiros, árvores batizadas ou não ... tirou as roupas do varal (mas eu sabia que valia a pena, a contradança, então deixei)

E foi tudo ficando um pouco mais fresco, atrasado (não, adiado), ventilado, vem-ti-bai-la-do, leve, leve...


Sair, então, que era a hora de dançar eu.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

reconhecendo moradas

então ele se fez bonito, pra mim.
e um pouco maior...
ou eu me fiz um pouco maior
ou me reconheci um pouco mais. um pouco maior; quando o vi (só de sentí-lo, identificá-lo, identificar-me (ou me perder) nos espaços escondidos entre o que se diz e o ficou por dizer em cada uma das notas da melodia)
eu,
me compondo harmonia
me sentindo sinfonia
me desmedindo em..................
em ías
em ais

ouvindo ele dizer de moradas
ele dizendo simples e eu entendendo grande
entendendo, em cada dito, o silêncio que o corresponde e o explica; o torna mais lindo e menos impossível
ele,
dizendo de casa
[da casa de dentro]
que de tão de dentro, vai virando de fora num movimento duplo e bailado
bailado de cheiro bom de se sentir

"a nossa casa não é sua nem minha
não tem campanhia para nos visitar
a nossa casa tem varando dentro
tem um pé de vento para respirar.
a nossa casa é onde a gente está
a nossa casa é em todo lugar"



respiremos*
bailemos, meu bem*

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

das levezas e justificativas

É que o vento me acha me chega e me socorre...
...com a tranquilidade de um endereço conhecido*